Entre visões e alucinações, são paixões, histórias e epifanias, coleções de imagens, deambulando por cada canto do mundo, mergulhando nos sixties com apego infinito numa expressão, num momento, num jogo de sedução, onde moram músicas, filmes, divas e craques. Relações improváveis, aproximações inspiradoras, retratos deslumbrantes, arte em movimento, recuando no tempo, apanhando a glória de uma década assombrosamente desprovida de inibições, insinuante e altamente poderosa e influente.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
Trumbo
Notável filme com um sublime Brian Cranston (Breaking Bad) a dar corpo e dimensão condizente ao papel de Dalton Trumbo como guionista de alguns dos filmes mais emblemáticos e oscarizados da história. Filme exímio no retrato de uma época, na leitura de uma perseguição, com Dalton Trumbo a ser um dos rostos de Hollywood mais procurados pela sua filiação comunista. Criada uma lista negra de nomes encarados como espiões de Moscovo com detratores e bufos espalhados por toda a parte, Trumbo foi perseguido, preso mas não deixou de ser um resistente, mantendo a sua coerência ideológica e fintando a privação de trabalhar no meio com recurso a assinaturas fictícias dos seus argumentos. Enorme a representação de Cranston, provando a sua grandeza como ator, apanhando todos os trejeitos deste grande protagonista da história de Hollywood, responsável pelos guiões de Roman Holiday, Spartacus ou Exodus. Elenco de luxo com Helen Mirren no papel de uma terrível fabricadora de opinião entre os mais ilustres de Hollywood, John Goodman, modesto produtor que manteve Trumbo com trabalho, ou Diane Lane, como mulher e pilar na vida de Trumbo. Um filme enquanto exercício de memória, recuperando imagens da época e personagens reais, servindo ainda de tributo a uma carreira, apalpando todo o carisma de Trumbo. Excelente ainda todo o processo de caraterização, mantendo o espetador bem dentro da época retratada.
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