Filme de Vera Chytilova (1966). Traduzido por Jovens e Atrevidas, Las Margaritas ou Daisies. Um filme caótico e divertido com duas jovens de protagonistas que perdem esperança no mundo e se animam a pregar partidas e devastar tudo o que lhe surge pela frente. Uma fotografia extraordinária e uma alteração constante entre cenários coloridos e outros a preto-e-branco. Hora e meia visualmente desconcertante e muito recomendável de um filme que se enquadra na nova vaga do cinema checo, da qual faz também parte Milos Forman, como resposta ao regime comunista. Subversiva nos seus filmes, reconhecida pela sua intervenção feminista, Vera Chytilova enfrentou algumas dificuldades dentro do país.
Entre visões e alucinações, são paixões, histórias e epifanias, coleções de imagens, deambulando por cada canto do mundo, mergulhando nos sixties com apego infinito numa expressão, num momento, num jogo de sedução, onde moram músicas, filmes, divas e craques. Relações improváveis, aproximações inspiradoras, retratos deslumbrantes, arte em movimento, recuando no tempo, apanhando a glória de uma década assombrosamente desprovida de inibições, insinuante e altamente poderosa e influente.
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